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A mostrar mensagens de 2013

O ALMOÇO DA PÁSCOA- Cabrito assado em forno de lenha

O tradional almoço de Páscoa em minha casa é cabrito assado no fogão a lenha. Aqui deixo a minha receita, que modéstia à parte, fica sempre bem. Não posso é deixar de reconhecer todo o trabalho que a minha mãe tem, à volta do fogão de lenha, que tem que ser aceso bem cedo, e a todas as "viragens" que ela faz ao cabrito, para no final ele ficar com aquele aspecto delicioso e estaladiço. RECEITA DE CABRITO ASSADO 1 cabrito com 4/5 kg 1 garrafa de vinho branco maduro bom 1 cabeça de alhos, sal q.b. pimenta q.b. 6 folhas de Louro Batatas pequenas q.b. azeite q.b. 24 horas antes de assar o cabrito deve coloca-lo em água com umas rodelas de limão (aproximadamente 2 horas). Depois de o retirar da água deve, com um pano macio, retirar-lhe toda a humidade. Num grande alguidar coloque o cabrito, a garrafa de vinho, os alhos esmagados, pimenta a gosto, um bom punhado de sal e as folhas de louro "rasgadas". Deixe repousar até ao dia seguinte, remexendo de vez em ...

PÁSCOA - A TRADIÇÃO

No Domingo de Páscoa todos lá em casa nos levantamos muito cedo, pois o Compasso Pascal, ou a "Cruz" como alguns lhe chamam, passa pouco depois das 8 horas. Depois do pequeno almoço, a função da Margarida, a minha filha mais nova (tem 8 anos) é espalhar petalas de flores que entretanto colhemos, na entrada da casa. Depois de prender os cães é hora de abrir o portão e esperar a chegada do Compasso. À frente dos adultos, normalmente um grupo de habitantes da freguesia vestidos com as suas vestes brancas e lilás, vem sempre um puto, com um pequeno sino, que vai balançando pela rua fora, avisando os habitantes do lugar que já estão a chegar. Entram em nossa casa dando a boa nova de que Jesus ressuscitou.  A Cruz, que representa a figura de Jesus vivo, é então dada a beijar a todos os moradores.  Continuo a abrir a porta da minha casa a esta tradição. Como é de manhã cedo não ponho "mesa", mas aqui em Guimarães, a tradição manda que após...

SLOW FOOD

E como sou determinantemente contra a fast food , queria partilhar com vocês a filosofia Slow Food: Slow Food , é uma associação internacional fundada por Carlo Petrini em 1986 , com o objetivo de promover uma maior apreciação da comida, melhorar a qualidade das refeições e uma produção que valorize o produto, o produtor e o meio ambiente. A filosofia da Slow Food defende a necessidade de informação do consumidor, protege identidades culturais ligadas a tradições alimentares e gastronômicas, protege produtos alimentares e comidas, processos e técnicas de cultivo e processamento herdados por tradição, e defende espécies vegetais e animais, domésticas e selvagens. O alimento, portanto, deve ser bom, limpo e justo, o que significa que ele deve ser saboroso, deve ser produzido de forma a respeitar o meio ambiente e os preços devem ser justos, tanto para quem os produz, quanto para quem os consome. Reunindo mais de 100 mil associados ao redor do mundo, a rede de membros do Slow...

VAMOS LÁ ENCHER AS ALHEIRAS!

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Ontem partilhei a minha receita para a massa das alheiras. Hoje vou tentar explicar como é que faço as ditas cujas. Material necessário: Tripa fresca (pode comprar nos talhos) ou Tripa seca Fio Funil Caso opte pela tripa fresca deve ter o cuidado de a lavar muito bem. Eu deixo-a de molho em água, vinho, limão e sal de um dia para o outro. No dia seguinte lavo-a muito bem de um lado e do outro em água corrente. Se optar pela tripa seca deve deixar de molho 30 minutos antes de começar a trabalhar nela.   Com a minha receita faço à volta de 25 alheiras - Corte pequenos pedaço de tripa com cerca de 20 cm e ate com o fio uma das exremidades, deixando uma ponta de fio com cerca de 10 cm; - Depois introduza o funil na parte que ficou aberta e introduza a massa que já preparou; - Vá fazendo pequenos furos com uma agulha fina na tripa para ir saindo o ar que se acumula enquanto enche a alheira: - Ate a outra extremidade com o mesmo fio com que atou a primeira de form...

A HISTÓRIA DAS ALHEIRAS

A alheira é um enchido típico da culinária portuguesa cujos principais ingredientes podem ser carne de aves , pão , azeite , banha , alho e colorau . Segundo a tradição, este enchido terá sido criado por cristãos novos que, em segredo, continuavam a guardar costumes da sua renegada religião judaica , a fim de dar a entender a toda a sociedade que eram cristãos assumidos e bem integrados. Como o judaísmo proíbe o consumo da carne de porco, alguns dos supostamente recém convertidos teriam inventado um chouriço onde discretamente a carne de ave substituía a carne de porco, tradicional entre os cristãos. Desta forma, nas primeiras alheiras foram usadas várias carnes alternativas ao porco, tais como peru , galinha e outras aves. Na região de origem a norte de Portugal ( Trás-os-Montes ) a alheira é consumida grelhada, ou assada em lume brando, acompanhada por batata cozida com um fio de azeite, e legumes da época variados. Mais a sul o mais natural é encontrar os menus com ...
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AS MINHAS RAIZES Nasci na maravilhosa cidade de Guimarães e vivi até casar a 2 km do centro, porém com um cheirinho a campo. Os meus pais tinham um talho, onde eu e os meus dois irmãos fomos criados, habituados a ver grandes pedaços de carne de boi, vaca ou porco pendurados sem nos fazer qualquer confusão. E, claro está, porque naquela altura não se falava de trabalho infantil (ah, ah) habituada desde pequenina a fazer chouriças e outros enchidos semanalmente. Enchidos VERDADEIROS, MARAVILHOSOS, com um sabor inconfundivel (graças a Deus também ainda não havia a ASAE), feitos com a própria tripa do porco que eu enchia devagarinho, através de um funil que ainda possuo e utilizo para fazer as minhas alheiras. Fazia para cima de 200 todas as semanas, mais alguns salpicões, que depois eram colocados no nosso "fumeiro", no nosso "campo". Sim, possuiamos um campo de onde se tirava quase tudo o que ia à nossa mesa. Os meus pais cultivavam tudo o que era da époc...
Seja bem-vindo quem vier por bem. Neste meu blogue pretendo partilhar com quem estiver interessado, momentos bons, momentos menos bons e algumas das minhas receitas, ou não fosse a minha perdição a cozinha. ADORO cozinhar. ADORO partilhar os meus cozinhados com os meus amigos e familia e ADORO ver como eles se deliciam...hum. Este fim de semana voltei a fazer alheiras. Estão fenomenais! A começar pelo aspecto:

Com amor...histórias, estórias e memórias para partilhar!